domingo, 16 de outubro de 2011

A lenda da Orquídea


Foto tirada no R.J. no bairro Laranjeiras

A Orquídea está ligada uma lenda de amor e paixão.

Na cidade Chinesa de Anam existia uma  jovem chamada Hoan-Lan que se deixava apaixonar pelos rapazes, desprezando-os depois, levando muitos homens ao suicídio, devido à sua frieza e desprezo.
Certo dia o poderoso Deus das Cinco Flechas, que a tudo via e tudo ordenava, julgou que era o momento de castigar tanta maldade. Fez com que a jovem se apaixonasse perdidamente pelo formoso Mun-Say, sem que este lhe prestasse  atenção. Os dias iam passando, e Mun-Cay não saía de sua indiferença cruel. Um dia, Hoan-Lan decidiu-se ir ao seu encontro e declarar-lhe paixão; -Não me interessas! disse ele.
 Apesar da noite escura e chuvosa, a jovem dirigiu-se ao monte sagrado e procurou o Deus da montanha de Tan-Vien e implorou-lhe ajuda, mas este a mandou embora Dizendo -É justo o castigo, porque isso mesmo que  tens feito aos teus apaixonados. À saída da gruta, Hoan-Lan encontrou uma bruxa de pés de cabra que lhe ofereceu a vingança contra Mun-Say, a troco da alma da jovem, -Vende-me a tua alma e juro-te que, embora Mun-Cay não te ame, não amará a outra mulher. Hoan-Lan aceitou o contrato e a bruxa fez um feitiço com uma folha de palmeira e enterrou-a, pronunciou umas palavras desconhecidas e desapareceu.
Passados uns dias, Hoan-Lan viu ao longe seu amado, Mun-Say e correu para ele, mas quando se preparava para abraça-lo, o jovem transformou-se numa árvore de ébano. Nesse momento apareceu a bruxa e soltando uma gargalhada, lhe disse: - Desta maneira o teu amado não pode ser nunca de outra mulher. Hoan-Lan suplicou que o feitiço fosse desfeito mas a bruxa não lhe deu ouvidos.
Chorando abraçada junto a árvore, ficou durante muito tempo implorando perdão,até que despertou a compaixão de um Deus que, colocando um dedo na sua testa disse:- Procedeste muito mal. Mas tua dor purificou a tua alma. E a perdoou, transformando-a numa flor antes que a bruxa lhe retirasse a alma; - Ficarás sendo, no entanto, uma flor esquisita e requintada, que dê a impressão do que foi a tua vida maldosa. Quem vir as tuas pétalas facilmente adivinhará o que foi o teu espírito, caprichoso, volúvel, cruel, e a tua preocupação constante pela elegância. No entanto, concedeu-lhe que não se separasse do  seu amado, vivendo da seiva da árvore. Enquanto falava, a jovem ia-se transformando, enrolando-se os braços na árvore, numa derradeira súplica. E foi assim que apareceu a primeira orquídea, segundo a lenda de Anam.


Foto tirada no R.J. no bairro Laranjeiras






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